Mulheres na Arquitectura
Historicamente, as primeiras arquitectas em Portugal formaram-se apenas em meados do século XX, segundo P. Monteiro. Estas pioneiras enfrentaram preconceitos, mas as suas trajetórias ainda não receberam o destaque merecido, o que pode impactar o desenvolvimento da profissão, especialmente diante das novas demandas do setor. Atualmente, há uma maior consciência sobre a necessidade de incluir diversidade e questões específicas das mulheres no planeamento urbano. Para combater a falta de representatividade, surgiu a associação "Mulheres na Arquitetura". A contribuição feminina tem sido crucial na introdução de novas abordagens ao design e na sustentabilidade, promovendo uma visão mais inclusiva e socialmente responsável na criação de espaços urbanos. Mulheres na Engenharia Civil
De acordo com a Ordem dos Engenheiros, a engenharia civil é a especialidade mais escolhida pelas engenheiras, seguida das áreas eletrotécnica, ambiental e mecânica. As mulheres destacam-se em funções como:
No entanto, continua a haver uma sub-representação feminina em cargos de liderança e gestão de obra. Apesar disso, as mulheres têm sido essenciais na introdução de metodologias inovadoras, na digitalização do setor e na procura de soluções mais sustentáveis. A Ordem dos Engenheiros declarou 2024 como o "Ano OE para a Igualdade de Género na Engenharia", com o objetivo de promover uma participação mais equilibrada e práticas que garantam a igualdade de género no setor. Mulheres na ConstruçãoApesar dos números reduzidos, a presença feminina tem vindo a crescer, especialmente em funções como direção de obra, fiscalização e segurança no trabalho. Além do trabalho de campo, as mulheres também contribuem significativamente em áreas de gestão e inovação tecnológica. Mulheres no Design de Interiores
A contribuição feminina tem sido essencial para a criação de ambientes funcionais, sustentáveis e esteticamente agradáveis, com foco no bem-estar e na experiência do utilizador. ConclusãoAs mulheres têm um papel cada vez mais relevante no setor AEC, contribuindo para a inovação, sustentabilidade e inclusão nas áreas de arquitetura, engenharia civil, construção e design de interiores. No entanto, persistem desafios como a desigualdade de oportunidades, a sub-representação em cargos de liderança e a falta de reconhecimento profissional.
Promover a equidade de género nestes setores é crucial para garantir um futuro mais diverso, justo e inovador. Através de iniciativas que incentivem a formação e a liderança feminina, Portugal pode fortalecer a presença das mulheres no setor AEC e valorizar o seu impacto na transformação dos espaços e das cidades.
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Alexandre RibeiroArquitecto e especialista em Software CAD. CEO da Ibercad desde 2005. Histórico
Junho 2025
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