Mais que a vitória num concurso de música, a vitória de Salvador Sobral na Edição de 2017 do Festival Eurovisão da Canção representou uma grande lição de humildade, inovação e afirmação pessoal (tanto dele como da sua irmã, Luísa Sobral, a autoria da fabulosa canção "Amar a dois").
A questão que se coloca: não é assim que devemos agir na forma como lidamos com os nossos clientes e o nosso trabalho, no nosso dia-a-dia? Less is more
A máxima é de um arquitecto, Mies Van Der Rohe, e serve que nem uma luva para a apresentação de Salvador Sobral no Festival da Eurovisão. Sozinho num palco, um pequeno palco, sem artifícios. Apenas ele, a canção, também ela simples e despojada, e a sua linguagem gestual.
Já reparou que há mais de vinte anos que os arquitectos, engenheiros e demais projectistas deixaram de desenhar à mão e que nem assim os projectos demoram menos tempo a ser apresentados e licenciados? Porquê? O que está errado? E você nem sequer está a oferecer aos seus clientes mais do que estará a oferecer um seu concorrente, provavelmente está a oferecer o mínimo exigido para licenciamento e para o funcionamento do projecto em Obra... Sem se aperceber, os programas de desenho têm-se tornado cada vez mais complicados e difíceis de implementar. Paralelamente, o Software tornou-se cada vez mais caro e muitas vezes a opção por subscrição representa uma despesa fixa que acaba por lhe absorver por mês quase tanto como o ordenado de uma segunda pessoa a trabalhar para si. Não deveria ser o Software uma forma de lhe permitir poupar tempo, concentrando-se na sua actividade criativa? Já pensou que foi por isso que as máquinas foram inventadas no período da revolução industrial? Para quê , então, adicionar mais e mais complexidade ao seu trabalho? O DRAFTCAD, por exemplo, possui uma ferramenta muito simples para criar os "vermelhos e amarelos" apenas nalguns segundos, algo que certamente lhe demora imenso tempo a fazer, sem necessidades especiais de adaptação a um novo Software, tudo num ambiente de trabalho que lhe é familiar. Use uma linguagem universal
Lembra-se da apresentação de Salvador Sobral na meia-final do Festival da Eurovisão da Canção? Então certamente que se recorda de como ele foi aplaudido no final da sua interpretação. E que diz dos milhares de comentários nas redes sociais, vindos de pessoas de todo o mundo, para a única canção cantada na sua língua nativa?
Não se pareceu soberbo que toda a gente, apesar de não compreender Português, tenha captado perfeitamente o sentido da soberba interpretação de Salvador Sobral? Não foi espantoso ver Polacos e Alemães a chorar com esta interpretação sentida na Língua de Camões? E porquê? Porque a música é uma linguagem universal, serve para ser sentida e isso deverá bastar para a compreender. Foi esse o condão da canção de Luísa Sobral e da interpretação do Salvador Sobral. Mas como poderá transmitir correctamente a sua "mensagem" aos seus clientes se a linguagem desenhada que normalmente utiliza é uma linguagem técnica, inexpressiva, que não está ao alcance da maioria do seu público alvo? Diz-se na gíria que "uma imagem vale mais que mil palavras". Nesses termos, porque não desenvolve você a imagem para os seus projectos de forma que os seus clientes a entendam? Porque não desenvolve os seus projectos em 3D, com ou sem fotorrealismo, e permite que os seus clientes percebam melhor a mensagem que lhes pretende transmitir? Não acha que isso tornaria mais fácil vender os seus projectos? Porque não utilizar programas como o SketchUp (para modelação em 3D), ou o KDMAX (para o desenho de cozinhas e roupeiros) para apresentar os seus trabalhos? Distinga-se da concorrência, saia da "caixa"
Um dos grandes choque que representou a canção portuguesa de Luísa Sobral no Euro-Festival foi precisamente a forma como ela se distinguia de todas as que foram apresentadas. De tal forma que se perguntar à maioria das pessoas que assistiram a este concurso televisivo, qual foi a canção que lhe despertou mais interesse a seguir à portuguesa, a maioria nem saberá sequer o que responder, tal o grau de rejeição relativamente às restantes músicas, a anos-luz do que apresentou Portugal.
De que modo isto o poderá inspirar? Já pensou se pudesse dar um passo mais além do que os seus concorrentes? Se oferecesse serviços extra aos seus clientes de forma a tornar a escolha óbvia? E nem sempre isso quer dizer que vai ter mais trabalho. Por exemplo, se tem de apresentar um projecto de uma cozinha a um cliente, porque não apresenta um vídeo de toda a cozinha em vez das tradicionais imagens 3D apresentadas em papel. O KDMAX faz isso muito facilmente, reaproveitando trabalho já executado. Dá tudo o que tens no pouco que fazes
Pense em qualquer cantor que você conhece e imagine-o a cantar a canção da Luísa Sobral na Eurovisão. Acha que desempenharia um papel tão impressionante como o fez o Salvador Sobral?
Pois é óbvio que não. Haveriam muitas formas de cantar a música, mas nenhuma se assemelharia á dele, e porquê? Não só por causa da sua voz e interpretação, mas sobretudo pela forma como ele "deixou a pele" no palco. Imagine que ele não estava disposto a interpretar o tema como tão bem o faz. Imagine que ele não estava disposto a ter aquela postura e optava por uma interpretação menos expressiva. Provavelmente você ouviria o som e iria soar-lhe sempre ao mesmo, mas a imagem que tinha da interpretação não seria a mesma. É essa a diferença de um músico que desempenha minimamente o seu papel de um outro que põe tudo o que tem na mais pequena coisa que faz. Inúmeras vezes estamos com potenciais clientes nossos que nos dizem que não apresentam os seus trabalhos em 3D aos seus clientes porque eles "não pagam este tipo de serviço". Será que deveremos cobrar um serviço de modelação em 3D de um projecto? Não deveria a apresentação de um projecto em 3D ser um valor acrescentado para que um novo cliente seja efectivamente o pagamento do projecto anterior? Já pensou no entusiasmo com que os seus clientes mostram o projecto da sua habitação ou da sua loja aos seus familiares e seus amigos, também eles seus potenciais clientes? Diz você: "mas um Software 3D vai-me exigir horas e horas de aprendizagem". Você diz isso, provavelmente porque nunca experimentou o SketchUp. pois fique a saber que, além da qualidade que acrescenta ao seu trabalho final, o SketchUp é um Software fácil, simples de usar e económico que o vai ajudar a tomar decisões na fase de projecto que, de outra forma, lhe levariam mais tempo a tomar e com uma margem de erro muitíssimo inferior. Em 3D, é mais fácil perceber se o que pretende fazer realmente funciona. Para o ajudar a ultrapassar esse "sacrifício" seleccionamos uma série de quatro tutoriais para o SketchUp que numa hora apenas lhe explicam as funcionalidades básicas deste Software 3D.
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Alexandre RibeiroArquitecto e especialista em Software CAD. CEO da Ibercad desde 2005. Histórico
Março 2024
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